segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Conhecer as próprias faltas



O publicano não ousava levantar os olhos aos céus. Por que ele não olhava o céu? Porque ele se olhava a si mesmo. E eis que, examinando-se a si mesmo, começou a ter desgosto e é assim que ele agradou a Deus.
Tu, ao contrário, tu te elevas, tu elevas a cabeça. Ora, o Senhor diz ao orgulhoso: Tu não queres olhar tua miséria? Pois bem, eu a olharei! Tu queres que eu desvie meus olhos dela? Então, não desvie os teus.
O publicano não ousa levantar os olhos aos céus: ele se examina, ele se condena. Ele faz de si mesmo seu próprio juiz, e Deus defende sua causa. Ele se pune, e Deus lhe faz misericórdia. Ele se acusa, e Deus o defende. Deus o defende tão bem que seu juízo foi: O publicano desceu para sua casa justificado, e o outro não; pois quem quer que se exalte será humilhado e quem quer que se humilhe será exaltado. Ele examinou sua consciência, diz o Senhor, e Eu, Eu não quis examiná-la. Eu o ouvi clamar em minha direção: Desviai os olhos de meus pecados! (Salmo L, 11). Mas quem pode pronunciar tais palavras, a não ser aquele que diz também: Minha falta, eu a conheço (Salmo L, 5)?
Sto Agostinho.
Fonte: Montfort

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