sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Vou caminhando...


Hoje acordei relativamente cedo em comparação com os outros dias. Imprimi uns currículos e lá fui eu, nas escolas particulares, mendigar o espaço de uma sala de aula e um salário no fim do mês. No próximo dia 14, estarei voltando à Faculdade e me vi na necessidade urgente de ter um trabalho. Fiquei desempregado recentemente e estou ainda nesta fase de transição, como num vácuo entre dois espaços.

Mas eu me vi, hoje de novo, muito desajeitado. A gente tem o hábito de fazer todo tipo de previsão e, em geral, a gente erra, porque, muito frequentemente, é o medo que as dita. Pra outros, são os desejos afoitos. Num caso e noutro, a objetividade é pouca e geralmente o que se tem, no ato, é bem diverso do que se imaginara. Entregar currículos não tem nada demais, muito embora eu não soubesse bem o que fazer. rs...

Mas os entreguei e foi muito tranquilo. Outra coisa que me vinha incomodando era o fato de eu ver uma intensa atividade por parte de todo mundo ao redor, enquanto eu passava os dias no que bem se poderia chamar de inércia ou ócio ou algo assim. E contemplando isso, me dava uma espécie de náusea...

Me vejo, às vezes, meio inadequado. Não consigo acompanhar este ritmo frenético. Para mim, é bem mais fácil permanecer quieto, calmo. Mas sei como isto soa estranho pra outras pessoas. Fico a pensar se não se trata de um traço vocacional. Outras vezes, penso se isto não é uma esquiva.

Mas eu sempre tive esta tendência de ficar em casa, calado, de manter-me quieto, sem muito alarde. Vez ou outra, tentei fazer-me igual aos circundantes e o que obtive foi somente um caricato infeliz. Dir-se-ia que sou, naturalmente, um contemplativo (não exatamente no sentido monástico..rs) e isto me coloca numa posição desconfortável neste mundo hodierno, pois sujeitos assim são, muito facilmente, mal interpretados e apontados como aproveitadores ou seres obscuros.

Mas vou empurrando esta minha preocupação, talvez tão inútil; vou lidando com esta minha inadequação, e  vou crente de que Deus me entende, afinal, eu sou obra de Suas mãos...

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